Artista 2: Top 5 - As mais sem sentido de Djavan

Abra o dicionário. Escolha uma palavra. Abra em outra página. Escolha outra. Repita esse processo cento e cinquenta vezes. Adicione uma melodia linda. Para terminar, acordes estranhos. Com direito a diminutos, sétimas, nonas e dissonâncias. Pronto! Você agora faz parte da escola do Djavan!

Decifra-me ou te devoro.

Afinal, deve ser assim que ele compõe, não é mesmo? Inspirados pela estranheza das letras desse compositor alagoano decidimos escrever a lista das cinco músicas mais criativas e/ou sem sentido do Djavan.

Clique para ler o post completo e quiçá um dia a fúria desse front virá lapidar o sonho até gerar o som...

5° lugar: Lilás

Sem dúvida, essa é a música mais original sobre o por do sol. Ele diz “Amanhã, outro dia. Lua sai, ventania. Abraça uma nuvem que passa no ar. Beija, brinca, deixa passar”. Tudo isso poderia ser resumido em duas palavras. Amanheceu. Escureceu. Haja criatividade!!!

Bege com lilás é super tendência!

4° lugar: Seduzir

Sim, cantar é mover o dom dos fundos de uma paixão. E seduzir também. As pedras, catedrais, coração. Ahn? Pedras? Catedrais? Dou um doce para quem falar o que as pedras e as catedrais tem a ver com isso.

"Estou te seduzindo"

3° lugar: Aliás

Está tudo muito bem, com menções a amor, mar e tiaras. Mas eis que surgem versos sem qualquer ligação entre si ou com o restante da música: “Mística rosa, ave rubra. Meu Deus do céu da boca rubi. Beijo esperado me leve a ti. É um sacrifício dizer um não.” Ele tá chamando a mulher de ave???

Fica a reflexão.

2° lugar: Sina

Sem explicações. A música fala de uma rapariga bonita e inspiradora. Até aí tudo ok. O problema é que, além disso, não dá pra entender mais nada. Qual a relação entre ouro de mina e a sina, senão a rima? Da rotina com o jazz? Como a fúria de um front lapida um sonho até gerar um som? Como???

Djavan Caetaneando o que há de bom

1° lugar: ...... 

O cara acorda sozinho, se sente só. O vento dá um daqueles assobios de filmes de terror. Aí o cara fica ainda mais triste. Portanto, a paixão é puro afã, místico clã de sereia, castelo de areia, ira de tubarão. E o sol brilha por si! Açaí, guardiã, zum de besouro, ímã! Branca é a tez da manhã...

A vencedora é: Açaí!

Nessa música, o começo faz todo o sentido. Até que Djavan esculacha, perde a paciência. Ele abre o dicionário e termina cheio de estilo! 

Mas se você não tiver um dicionário por perto e quiser djavanear, pode utilizar essa outra técnica aqui, muito bem exemplificada pelo humorista Marcelo Adnet.

DJAVAN, SAUDADES DE VOCÊ E DO ZUM DE BESOURO, IMÃ!